terça-feira, 19 de julho de 2011

Fanfiction – A derrota do Super-Homem (Superman) - Parte 2



Clark Kent terminava de escrever uma nota para a edição de domingo do Planeta Diário quando uma notícia noticiada pelo rádio chamou a sua atenção. O rádio estava na portaria do prédio, três andares abaixo, e noticiou que um brasileiro postou na internet vídeos desafiando o Super-Homem. Ao terminar o texto, Kent ligou a televisão para ver se alguma agência de notícias local havia dado importância ao fato. Alguns minutos depois, veio a confirmação.

O super-herói estava acostumado a este tipo de abordagem dos bandidos. Sempre lê cartas, manifestos ou correlatos de pessoas duvidando de sua existência, desafiando-o para lutas de boxe, ou culpando-o pela morte de algum ente querido. Mas os vídeos postados por Roni passaram dos limites. Mostravam as pessoas seqüestradas com capuzes no rosto. Usava termos chulos para intimidar, como “frouxo”, “merda” e outros. Quando uma versão legendada do vídeo foi postada, Kent decidiu falar com o chefe.

- Perry, creio que o Super-Homem deve ir ao Brasil prender o caluniador. Quero cobrir isto.
- O próprio confirmou esta notícia?
- Ainda não se manifestou – despistou Kent – mas mesmo se ele não for, daria uma boa história, um brasileiro desafiando o maio herói do mundo.
- Por que não chama a Lois para ir com você?
- Coitada, deixe-a curtir as férias. Não é sempre que temos uma semana de folga.

Era melhor deixar Lois Lane de fora deste assunto. Em um país com língua, cultura e violência diferentes, pode ser perigoso para ela investigar o submundo local. Além, disso, teria que descobrir o paradeiro de dois reféns. Cuidar da amada seria um trabalho a mais para se preocupar.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Fanfiction – A derrota do Super-Homem (Superman) - Parte 1



Roni acordou de forma entusiasmada naquele dia. Era o terceiro após sair da prisão, e tinha uma ideia muito boa em mente. Na verdade, um colega de cela a havia tido, e todos os presos riram diante do absurdo que ela representava. Somente Roni levou a sério a imaginação do homem, que mostrava ali sua inteligência.

- Se quer chamar a atenção do mundo para você, trate de seqüestrar duas pessoas e desafiar o Super-Homem. Diga que vai atirar nas duas ao mesmo tempo, só que em bairros (ou talvez cidades diferentes). Ele só vai conseguir salvar uma, e você ficará tão conhecido quanto aquele Lex Luthor.

O plano era simples, e Roni só precisaria de um comparsa. Sabia que seu primo, Deco, também estava solto e tratou de entrar em contato por telefone. Por se tratar de um sequestro, podia gerar um bom dinheiro.

Deco tinha experiência em sequestros. Havia pego uma universitária, e acompanhou de perto todo o processo, para garantir que os “sócios” do negócio não o denunciassem para a polícia. Não adiantou, mas como o resgate já estava nas mãos do meliante, os outros foram presos e Deco conseguiu fugir.

Em outra ocasião, usou um laranja para que o resgate fosse depositado em conta. Assim que o dinheiro entrou, fez o saque e deixou o coitado para a polícia. Mas com Roni era diferente, pois eram da mesma família. Cresceram juntos, roubaram lojas juntos e iam aos mesmos lugares juntos.

- Roni, como que você vai desafiar um cara que mora lá nos Estados Unidos?
- Simples, meu caro. Coloco o desafio na imprensa. Duvido que não vai chegar aos super-ouvidos dele.
- E depois? Ele vai pegar você, de qualquer jeito. Ele voa, tem força, velocidade.
- Aí que você entra. Chame quatro caras que conhece. Eles vão vigiar os reféns. Se o Super ou a polícia tiver que pegar alguém, serão eles.
- Hum, chamarei alguns traíras então.

E assim Roni deu início a seu plano mirabolante.