Ele tinha pouca idade, mas uma responsabilidade enorme nas costas. Não era profissional ainda, e por isso mesmo tinha que coordenar todo o time do bairro o qual era camisa 10. O torneio regional até tinha sido relativamente fácil – ficaram em segundo lugar e conquistaram a vaga para o estadual.
No estadual, deu sorte de os principais adversários terem caído na mesma chave e, literalmente, se matarem. Assim, chegaram à final como zebras, mas conquistaram a vitória, com direito a três gols do garoto-prodígio.
O título os levou a um grupo teoricamente mais fácil no torneio nacional. Por isso passaram pela primeira fase com facilidade. Depois, nas quartas de final, uma vitória nos pênaltis, e um alerta de que a partir dali os jogos seriam mais difíceis. E assim foi: outra vitória nos pênaltis na semi-final e a vaga na grande final garantida. Perderam por 4 a 0.
A perda do título só não foi menos chorada porque os finalistas garantiriam uma vaga no torneio mundial. Campos excelentes, olheiros internacionais e a chance de disputar jogos com os times mais famosos: Manchester United, Porto, Barcelona, Milan... todos estariam lá, sendo enfrentados pelo garoto, que não tinha medo deles – pelo contrário, sentia imenso orgulho e coragem de jogar contra os melhores.
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